sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Dramato-orgia

É de madrugada,
que te chamo, de mansinho;
Vem, vêm.
Sussuro teu nome ás quatro paredes
a quinta negação c'est moi.
Os meus poros chamam sôfregos por ti.
E oro por misericórdia.

-"Vêm Espírito Santo, não me deixes libar assim"
E o amor se fez verbo;
contorço-me na cama,
suo , deliro.

Repouso, clamo ás campas.
Minha rocha pueril , onde estás?
no vazio, Jesus Barrabás.

Visto-me de branco,
falo nenhum chegará a minha tenda.

Deus!
Que manicômio sou eu??
Limítrofe , profana, apaática.

O meu quadro é um paradoxo apical.
Chamar-me-ei Fedra,
Aplaudir-me -ão ao final.