segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Identidade

Eu sou um dos filmes do Almodóvar,
Na Londres Brasileira, nua e crua.
Sou a cor do rio perene
e as cinzas das horas tuas.

Sou a beleza inerte que nunca tive,
contida no âmago de minha história.
Sou o prato quebrado,a louça triste
no preto mordaz de uma memória.

Ainda sou a voz,
que beija o infinito.
Ainda sou o nós
no céu azul irrestrito.

Sou o vermellho e o negro,
o vagante pedinte da catedral.
Sou a coroa e o setro,
presente no vento mistral.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

O Livro é uma casa de ouro.

O Livro é uma casa de ouro , meu bem.
Nem tu, perdido, salvar-se-á dela.
É uma casa de orlo, meu bem.
Nem solzinho é balela.

Eu quantum porque a lógica existe,
porque lá fora a luz é alpiste,
arroz e feijão nos buchos dos poetas.

Eu quanta porque a unidade deles é a falácia,
de tanto libar o falo,
vivo de teste de farmácia.

Minto.
Mas o Livro é uma casa de ouro.
E meu Axioma predileto.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Cântico aos Letrólogos míopes.

É encerrada a métrica
e a rima afeminada
Proto-lenta,podre e gorda
obtusa da entrada.

Não obstante tenho pena,
pena da mocinha esforçada
aquela que sofre na janela
garota moralmente consoada.

Não obstante tenho tédio,
tenho dor no meu menscéfalo.
E que Freud me colabore:
Amigo ! Desce mais uma Ingnedore.

Penso nas Isoldas malamadas
Penso nas damas marmeladas
Nos gargaméis coloridos
e nas esmurfetes prateadas.

E nos protos resumos lingüísticos,
a enterrar meu Chomsky vivo
a pintar dourado,os micos
a esfaquear o meu nativo.

Eu quero um guaraná poético
endosso do meu dossel perdido
eu quero a amazônia acesa
e meu país reerguido.

E piso nos Alencares,
meus queridos professores
que tragam das Letras seus olores,
num cachimbo esquecido.

A escrita é pungente
não é presa, emergente,
Veja aos mares,
ás mil folhas,
Dai aos F'racos, esquecidos
uma imagem da parrolla,
de seus males exce'vidos.

São todos ex-crê-vícios
de um Ectoplasma social,
de uma fogueira de um solstício
de um proto-marginal.
de um ponto...
marginal

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Ósculos

Eu uso ósculos!
Em meus lábios
mil alfarrabios
são obscuros.

Histórias contam
dos sopros noturnos
e sopores diurnos.

São teus ósculos
meu peixe,
agora vivo,
que uso
em minha
Face.

Não sou mais míope,
pois agora,
eu uso ósculos.

Popoluição!

Populaçõesão frutos
do epitélio intestinal
das poluções políticas.

Façamos uma drupa sertajena,
ante a negação do cupuaçú!

Das vadiazinhas de boutique.

É.
Cansei das banalidades das mocinhas hardcore,
que ao verem um filme Piaf,
Fazem citações francesinhas.
Assim como suas unhas,
e milhares de fotos.

Olha como sou revoltadinha:
Papai traiu mamãe e me deu uma Cybershot para ficar calada.
Eu não tenho uma,
só, a metonímia ultrapassada.

Não tenho saco para orkut,
emessene, uma vez a cada dois meses.
Prefiro fazer sexo,
com algum orgasmo,
sem olhar ao bolso de meus garotos.

Pois sou independente:
inclusive para magoar a todos.
Elas são pedantes:
necessária a atenção de outros.

Prefiro fazer minhas faculdades,
reprovar em algumas matérias:
Por querer aprender de fato,
e negar um coeficiente abaixo de noventa.

Antes isso,
me vestir mal
e ficar trancada.

A ser uma vadiazinha,moralmente aceita.