domingo, 31 de maio de 2009

Veja ás visceras, volar ao quinto dos Invernos.

Os vermes me devoram à cabeça:
Nada entra, nada sai.

Daquela que desposara o sonho,
só restam o pó dos ossos,
mastigados pelos abutres.

-Que belo! Todos esses roedores desdentados
me olham .
E nem um Idi, com máscara de Guy Folks
pára explodir meu parlamento.

Antes, a frescura de um eu pródigo.
Hoje, uma terra sem frumento.

Das gordinhas fusiformes.

Sou ignorante, é fato.
Sou, e sempre sê-lo-ei.
Pobre, como minhas rimas,
Feia , como o cão chupando manga
Inútil, como os árcades.

Mesóclise é o resto:
Não resignar-me-ei.

Puta, estou com o meu estro,
como o vassalo com seu rei.
Como as cores da discórdia,
Como as lágrimas pretônicas,
Como a putrefata memória,
Como as ligações iônicas.

Misturo tudo com farinha , engulo
e depois, vomito.

Feminóide.

É crepusculo,
o chamei de todos os nomes desagradáveis ,
que encontrei.

Bati, quebrei, desci do salto.
Disse para me deixar em paz,
E que o odiava,
e que não falasse mais comigo.

E o pior de tudo:
Ele sabe que eu o Amo.


Ele bem sabe...

É terça de manhã.

Seus olhos,
você não sente.
Eles que te sentem,
pois o torpor causado pela luz
é fatal aos ébrios como a noite.

Os braços dele te envolvem ,
como o manto á terra,
os braços dele te envolve.
Volve, ao futuro,
áquele queimado pelo vinho.
E beija-o.

Pois é de sonho e de pão,
que é feito o homem,
você , mulher,
de senha e de pã.

domingo, 24 de maio de 2009

Da Gravidade

Quando'lhares ás estrelas
e por paixão orvalhares
lembra, podes tê-las
Podes tê-las se sonhares.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Da Frieza

É o Vórtice Plumbeo,
de o meu olhar castanho.
Ás vezes, indiferença,
outras amores fatais.

Das declarações

Je suis la langue, et la parole c'est toi.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Isoldamento da Barcalíce.

Queria notar em asas,
daquelas Harpias.
Pelos rebentos que nunca tive,
e pelos que nunca terei.

Pelas madeimoseilles frágeis,
e as que nunca serei.
Pelas garotas a priori,
Ante o a posteriori, clamei.

É o barbitúrico, inoculado no fio da
espada, de um servil.

Servil como eu,
relegado ás mazelas do ethos
e do padrão.

Traga -me a teu seio,
trate-me como tua irmã,
dissipe-me desse receio,
de não gozar teu afã.

É docil possuir l'ame Tamigível,
como a porcelana grilhão.
Sou antes o erro alegótico,
que o ocaso, fêz, cair em tua mão.

Só quero que me devore,
ou refute tal expectsaliva.
Rí de mim, sente e chore,
fume cannabis sativa.

Tudo isso é mentira.

Então, quando passares
por um rio caldoso
cheio de pesares,
por um passado ardiloso
Sê lépido, ligeiro,
recosta tuas chagas a um salgueiro,
pois debalde, há de me lembrares.

sábado, 16 de maio de 2009

Hipólito,você não veio!

É a verdade dos narcisos,
cuspir fogo como Fedra
por holocaustos indecisos.

As trincas são as piores:
Assim como as duplas trocas
inoculam seus horrores,
como cobras em focas.

Não há.

Virtude, a minha falha
de volver a seus caprichos,
d'onde visto a mortalha,
de todos os meus bichos.

Sou Fedra então, o incesto é proíbido.
Teseu rima com meu ex,
vesgo , feio e fedido.

O pior é acefalóide,
dá-me o coloide dos devaneios bovinos.MMMM...
Ao número quatro.
1. Faleceu
2.Morreu
3.Teseu
4.Fodeu
.....
5. Hipólito, tu és meu.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Das de Maio.

Ao passo, apurado
que vou
com a acurácia
de um bandido...
Meu átrio palpita,
a satirizar o ventrículo,
ventri-locado libido.

Sou gorda,
é fato.
E moderna:
Condenada a amar quem ama
as formas retas e parnasianas,
as garotinhas lineares,
não curvilíneas

É a chave dicotômica:
Um : São!
Dois: Sinho.