quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Cântico das horas atrozes.

Não há dia, nem noite.
Só (h)à perda,que cai dos olhos,
feito a menina que escorre sangue:
Não há milagre da vida.

Os papais,com formão
tingem de rubro
sua pele sofrida.

É Míope, Acidentada e cheia de Chagas.
Moça vacinada,contra moços
que não sabem a barba fazer.

É polução d'alma
É a dor do parto,
do partir aguado
de quem não vai nascer.

Vai , Vá-te!
Esquece-te do abismo e voa!
Á tempestade e o destempero do mundo,
Vate viver por um segundo!
Adormece o Siso,
Vá-te virar Raimundo.

Já cansado de ouvir ás lamúrias da mamãe,
e o quebra-pratos de teu pai.

O Mundo cai na tua cabeça,
Verme corcunda trabalhador.
E tu, te arrastas
como dás a bunda,
és só um motor.

Teu sortilégio é o engano,
pobre frade:
Vê que tua astúcia é o reflexo profano,
é podre fraude,
de teu mundo Ufano.

Vai Violeta!
Vai ser Goëthe na Vida.

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